Recentemente um novo tipo de manifestação, o rolezinho, tem tomado conta do país. Trata-se de visitas a Shoppings, em horários combinados pelas mídias sociais, por milhares de jovens. Não está em jogo a liberdade ou não do ir e vir. Todos tem direito a visitar um shopping e passar um dia agradável por lá. O que está em jogo é manter o rolezinho de forma pacífica, quando se sabe que, entre milhares de jovens bons, podem se encontrar alguns arruaceiros. Isso tem feito com que os Shoppings tomem inúmeras atitudes. Desde a solicitação de documentos à entrada até o fechamento das lojas ou do próprio Shopping durante os eventos. A ABRASCE, vem agora a público prestar esclarecimentos sobre episódios envolvendo o setor.
Abaixo, a íntegra do comunicado:
“Além do comércio, os shoppings são hoje locais de lazer, cultura, alimentação, serviços e convivência. Recebem 400 milhões de frequentadores por mês e empregam mais de um milhão de trabalhadores, gerando outros dois milhões de empregos indiretos.
São, acima de tudo, espaços democráticos, que atendem a pessoas de todos os perfis sociais e de diferentes idades. Abrigam a diversidade e a inclusão social, muitas vezes em regiões com raras opções de entretenimento.
O setor tem orgulho de participar da vida de grande parte do povo brasileiro. Nestes últimos 40 anos, os shoppings, indistintamente, têm recebido, de maneira harmônica e agradável, na mais absoluta paz, todo o seu público.
Também se tornaram ponto de encontro da maioria dos jovens, que se sentem acolhidos, com segurança e conforto.
Conforme demonstrado em recente pesquisa, divulgada pelo Datafolha, a maciça maioria dos paulistanos frequenta e apoia os shoppings, cenário que, na nossa visão, é comum para todo o país.
Ao mesmo tempo, os empreendimentos têm a grande responsabilidade de zelar pela segurança e pelo bem-estar de todos. Por isso, é essencial lembrar que seu espaço físico e sua operação não são planejados para receber, com segurança, eventos de porte ou manifestações de qualquer natureza.
O shopping, como todas as demais propriedades de uso comercial (supermercados, edifícios comerciais e galerias, por exemplo), garante o livre acesso a todos, dentro dos limites da lei. Esse direito, porém, deve sempre ocorrer com respeito à integridade física das pessoas e à liberdade de ir e vir, consagrada a todos pela Constituição brasileira.
Nesse sentido, o setor tem buscado iniciativas para garantir a segurança e o bem-estar de seus frequentadores, funcionários e lojistas, sempre com o máximo respeito a todos os públicos, que são e serão sempre muito bem-vindos.”