Produtos que não deram certo – A Pepsi-Cola Transparente – Crystal Pepsi

crystalpepParece inacreditável, mas há sempre alguém querendo mudar um time que está ganhando. A cor dos refrigerantes de cola é algo inerente ao produto. Parece inimaginável que alguém deseje lançar uma Coca-Cola Verde ou uma Dolly-Cola azul. Pois bem, a Pepsi tentou. Nos anos 90 a Pepsi em um rompante de criatividade resolveu deixar o seu principal produto totalmente transparente. Isso mesmo, uma Pepsi-Cola transparente como água. A ideia era atingir um público mais preocupado com a adição de corantes e outros produtos que não eram considerados saudáveis à época. A nova Pepsi era, ainda, isenta de cafeína, um dos principais componentes da fórmula dos refrigerantes de cola.. Pois bem, tinha tudo para não dar certo.

Em 1992, a empresa fez testes dirigidos a mercados selecionados e recebeu como resposta, estatísticas totalmente positivas ao produto. Mas, como diz um amigo meu, pesquisas são pesquisas. Quando a empresa lançou o produto no mercado, a resposta foi decepcionante e o produto não saiu das prateleiras. Um ano depois, o produto saiu de linha.

Foreign Branding – Nomes que remetem a outros idiomas

Haagen Dazs

Foreign Branding se refere à prática de utilizar nomes em outros idiomas, ou  que pareçam estar grafados em outras línguas para dar uma ideia ao consumidor que aquele produto veio de determinado país ou feito por uma companhia estrangeira. Isso pode ocorrer, por exemplo, em alimentos. Dar nomes franceses a vinhos produzidos no Brasil podem levar o consumidor a crer que aquele produto é melhor do que outro com um nome tupiniquim. O mesmo ocorre, por exemplo,  com vodcas, cujos nomes remetendo a idiomas do norte da Europa ou leste europeu, proliferam no país. O nome, em si, pode ser uma tradução de algo, ou não. Dessa forma, um vinho brasileiro poderá ter um nome iniciado por Le Chateau de qualquer coisa, ou algo que não tenha sentido, mas remeta ao idioma francês.

A prática é comum em diversos países. Assim, o segredo está em encontrar um nome que possa soar interessante para qualquer cidadão no mundo. Um exemplo clássico é a marca de sorvetes Häagen-Dazs. Muitos consumidores a associam a um fabricante sueco, dinamarquês, alemão ou norueguês, quando na verdade, o nome foi criado nos Estados Unidos para uma marca estadunidense para dar esse mesmo efeito. Na prática, Häagen-Dazs não quer dizer nada, nem junto nem separado, nem em idioma nenhum. Um exemplo claro de foreign Branding internacional.

O Brasil utiliza bastante esse recurso para dar ideia que produtos nacionais vieram do exterior ou foram produzidos além-mar.